sexta-feira, 27 de janeiro de 2017

Como tudo começou

 Era um sábado, eu, meu pai e meu irmão estavámos indo à praia. Tinha falado com ele sobre ter um bichinho, alguns dias antes. "—É você quem vai cuidar dele", dizia sempre. E eu concordava, assumia a responsabilidade porque sempre quis ter um gatinho.
 E então o dia chegou. Dia 17 de outubro de 2015, o dia em que fiquei mais ansiosa em toda a minha vida. Havia comentado com ele que gostaria de adotar um gatinho preto, e a mulher do aviário o certificou que teria um no dia que fôssemos buscá-lo. Fui ao aviário com o meu pai, com o coração nas mãos, e então eu o vi. Vi o gatinho mais lindo do mundo, o meu Golon.
 A moça disse "—É um pretinho, olha que bonitinho, tem rabinho curto!" eu achei a coisa mais fofa, me apaixonei de cara. E eu sei que foi amor à primeira vista.

 Peguei então o Golon nas mãos. Tão frágil, tão pequeno. Ele se agarrava à minha mão de uma forma como se fosse pra eu não soltá-lo nunca mais.
 Compramos o necessário: comida, caixinha de areia, areia, potinhos para a comida e água. Nos despedimos da moça, indo para o carro para iniciarmos a viagem. Meu pai pegou uma caixa de papelão e eu coloquei o meu pretinho lá dentro, a viagem inteira fiquei admirando como ele era lindo.  Ele estava fraquinho, só dormia. Lembro-me de uma hora que fiz carinho em sua cabeça, com a mão mais leve que uma pena, tinha medo de machucá-lo, ele olhou pra mim com seus olhos azuis e enormes e me lambeu. Eu gritei de amores.
 E foi assim que conheci o mais doce gatinho de todos.


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